quarta-feira, 28 de abril de 2010

"Meu pai me ensinou torcer pelo Grêmio", diz destaque do Gre-Nal

O insólito acidente doméstico do lateral-esquerdo Fábio Santos, que na última quinta-feira lesionou-se ao ser atingido pela porta do box do banheiro, abriu espaço para uma série de especulações sobre quem atuaria na posição no primeiro Gre-Nal decisivo do Campeonato Gaúcho. Mas o incidente acabou tornando possível a escalação de um prata da casa tricolor, torcedor do clube desde pequeno, que mostrou não sentir o peso do clássico e conseguiu frear o ataque do Internacional dentro do Beira-Rio.

Com a repercussão de seu desempenho no Gre-Nal, as dúvidas quanto à pronúncia de seu nome - ele afirma que é "Nêuton", mesmo, da forma como se escreve, ainda que já esteja acostumado com a versão adaptada para Newton - estão com os dias contados. O reconhecimento já existe. Nesta segunda-feira, dia seguinte à vitória por 2 a 0, que encaminhou o título do Estadual, Neuton foi um dos jogadores escalados para conceder entrevista. Apenas 60% dos direitos do jogador pertencem ao Grêmio - o próprio Neuton possui um percentual - e o presidente gremista, Duda Kroeff, resignado, já começa a antever possíveis propostas.

Com a timidez própria de um garoto de 20 anos, mas manifestando-se de forma articulada, admitiu que continua "fora da realidade" e "ainda nem liguei o celular". Em tempos de futebol profissional, ele é um felizardo. Conseguiu seguir a carreira no clube do coração e estreando justamente com uma vitória diante do maior rival. "Foi meu pai que me ensinou a torcer pelo Grêmio. Se já foi uma emoção jogar o Gre-Nal, só imagino como será conquistar um título no Olímpico".

Na véspera do primeiro jogo com a camisa titular do Grêmio, Neuton conta que passou por uma "noite tensa". Os jogadores mais experientes, no entanto, não deixaram o nervosismo influenciá-lo. No túnel do Beira-Rio, antes de entrar em campo, Jonas batia-lhe no peito, para motivá-lo. "Todos me deram força para desempenhar meu trabalho. O Rodrigo cobrava na hora certa, o Victor também. A tranquilidade que eu tive em campo foi reflexo da confiança do grupo e do Silas".

Mas a vida de profissional não permite ficar sonhando com a estreia de gala. Neuton Sergio Piccoli, 1,85 m, vindo do Ypiranga, de Erechim, já está de olho no compromisso pela Copa do Brasil, quinta-feira, diante do Fluminense, no Maracanã. "Eles não têm só o Fred. O time inteiro do Fluminense é bom e agora tem um ótimo comandante. Com certeza, ele Muricy Ramalho, recém-contratado vai armar bem o time".

Fonte: Terra

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