Dirigente são-paulino critica opção da CBF por estádio corintiano

A escolha por um estádio que ainda nem foi construído e que, a princípio, não atende à capacidade mínima exigida pela Fifa para o jogo de abertura do Mundial (65 mil pessoas) soou estranha, segundo o dirigente são-paulino.
"Acho muito bom São Paulo ter uma definição de local do estádio. Infelizmente, por razões que todos conhecem, mas por interesses que poucos conhecem, o nosso estádio foi alijado", disse ele, em entrevista exclusiva ao Terra.
"O que estranhos muito foram os pesos diferentes para o processo de escolha. O São Paulo teve um processo de filtragem de projeto, com detalhes, mobilizamos equipes de peso, consultorias internacionais de altíssima reputação, e não conseguimos viabilizar. De repente a CBF coloca em cima da mesa um projeto que ninguém conhece ou sabe".
Jesus Lopes afirmou que não tem "nada contra o Corinthians", mas ressaltou que a condução do processo foi muito "obscura". Nos últimos meses, a ligação entre a CBF e o time do Parque São Jorge se estreitou e o presidente do clube, Andrés Sanchez, chegou a ser escolhido para ser o chefe da delegação brasileira na Copa do Mundo da África do Sul.
O São Paulo, por sua vez, faz há anos oposição à CBF e ao presidente da entidade, Ricardo Teixeira. "Que existe uma divergência entre São Paulo e CBF, até porque enxergamos os lados bons e maus de tudo, de uma maneira diferente, sem dúvida isso ocorre. Não entendo que o Corinthians tem a ver, mas ele se favoreceu e administrou bem esse processo. Foi competente. Todos sabem bem quem é o grande vilão dessa história", disse Jesus Lopes, alfinetando Teixeira.
A CBF alegou que o Morumbi ficou de fora da Copa por não apresentar um projeto adequado às regras da Fifa e por não ter conseguido as garantias financeiras necessárias para as obras de modernização que a competição exige.
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