Sem isolamento desejado, Seleção chega a Port Elizabeth com buzinaço

No Protea Hotel Marine, a delegação brasileira divide a hospedagem com torcedores e até jornalistas. Cerca de 80 fãs e curiosos acompanharam a chegada do ônibus, enquanto aproximadamente 30 policiais e seguranças isolaram a área.
Depois da entrada dos atletas, alguns membros da delegação - nenhum deles jogador - penduraram uma bandeira do Brasil em uma das janelas do quarto andar do hotel. Pela distância e pela falta de iluminação, algumas pessoas confundiram com jogadores e fizeram muita gritaria.
As calçadas em volta do hotel foram fechadas com grades de ferro. E, na hora da chegada do ônibus, até a avenida de acesso ao local foi interditada.
Diversos carros ficaram rodeando o quarteirão do hotel depois que a pista foi liberada, fazendo um buzinaço. Um dos torcedores tinha uma buzina de mão particularmente alta e fez várias vezes barulho por cerca de 20 segundos ininterruptos.
Cinco torcedores holandeses uniformizados também apareceram e provocaram simpaticamente os brasileiros presentes. Estavam de passagem e resolveram ficar quando perceberam a movimentação.
Na porta do prédio hotel, funcionários ficaram alinhados e também fizeram barulho. Sob o comando de uma espécie de líder de torcida, cantaram, tocaram minivuvuzelas e agitaram bandeiras.
Para minimizar a falta de privacidade desejada, os membros da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que chegaram antes taparam com panos escuros uma passagem de vidro, para bloquear a visão de quem está do lado de fora.
Desde que chegou à África do Sul, no dia 27 de maio, a delegação ficou bastante isolada no Fairway Hotel, em Johannesburgo. Só passou quatro noites fora, para os amistosos contra Zimbábue e Tanzânia, além de duas em Durban para o último jogo da fase classificatória contra Portugal.
Agora, por determinação da Fifa, as seleções devem ficar em hotéis oficiais previamente estabelecidos pela organização. Mesmo que volte para Johannesburgo se alcançar a grande final, a Seleção precisará dividir os hotéis.
Depois de passar nas oitavas de final pelo Chile, Dunga lamentou ainda no Estádio Ellis Park a perda de privicidade que viria pela frente. Chegou a usar a palavra "confusão" para definir a situação de ter outros hóspedes nos hotéis dali para frente.
Fonte: Terra
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